sábado, 2 de maio de 2009

Mabel abrindo novos horizontes


São 55 anos de marca reconhecida de biscoito. Mas a Mabel quer seu horizonte para além das bolachas. Em três anos, e com investimentos de R$ 40 milhões, quer se tornar uma indústria de alimentos. Ela já contratou uma pesquisa de elasticidade de marca para determinar quais categorias seriam compatíveis, mas previamente consideram bolos e massas secas.
O diretor-presidente da empresa, Vicente Barros, diz estar com o pé no acelerador, só controlando a velocidade. "Desde setembro, quando a crise estourou, adotamos uma forte política de corte de custos e renegociação com fornecedores. Dispensamos alguns funcionários e conseguimos reduzir o preço da farinha de trigo em 7%. Isso nos permitiu fechar o ano com um crescimento de 24%." Assim, diz ele, com a "lição de casa feita", deram continuidade ao plano de expansão de crescer dois dígitos até 2014.

Só para este ano eles recompuseram o quadro com a contratação de 100 funcionários e estão lançando 13 produtos, entre eles biscoitos com 12% mais de recheio e amanteigados. Com uma verba de marketing 20% maior que 2008, vão investir R$ 12 milhões, o que inclui uma campanha institucional em todo Brasil. Ampliaram as linhas de produção das fábricas de Aparecida de Goiânia (GO) e Três Lagoas (MS) com um aporte tecnológico de R$ 12 milhões. "Impulsionado pelos novos recheados já alcançamos um crescimento de 15% esse ano. Não registramos a retração medida pela Nielsen no setor. Um pacote de biscoito custa menos de R$ 1, é uma indulgência que as pessoas continuam se permitindo."

Pela pesquisa Nielsen de março, a Mabel seria a sétima maior fabricante de biscoitos do Brasil. "Se o Centro-Oeste e o Norte entrassem nas pesquisas, mercados onde crescemos muito, subiríamos algumas posições neste levantamento." Segundo Barros, a logística da empresa -com fábricas posicionadas próximas às regiões do país - é um fator que agiliza a entrega e torna seus preços mais competitivos.

Outro ponto que Barros ressalta como determinante no bom desempenho da Mabel é seu conselho administrativo com três acionistas e quatro consultores independentes - como o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, e o ex-presidente dos biscoitos Aymoré, Marco Antonio Torres. "A independência administrativa nos dá mobilidade para mudar rápido em uma economia volátil como a atual." O faturamento da companhia em 2008 foi de R$ 480 milhões.

Um grande abraço,

Arthur Santos


Fonte: Valor Econômico

Um comentário:

Maíra Placeres - HIT Consultoria disse...

Seu artigo fundamenta e explica muito bem a reviravolta do mercado nestes últimos anos e a aposta das grandes empresas em um mix de produtos cada vez mais variados.
Outro grande exemplo é uma empresa que você cita bastante em seus artigos, a Schincariol. É uma empresa que está investindo cada vez mais para ter um mix de produtos bastante variado. De uma simples cervejaria e fábrica de tubaína, para uma empresa que preza pelo bem estar e a saúde das pessoas. Hoje a Schincariol produz sucos prontos, sucos concentrados, água mineral, e tão logo entrará no ramo de bebidas energizantes.
Parabéns pelo seu artigo Arthur!
Continue nos presenteando com artigos de relevância e conteúdo.
Sucesso! Maíra.